segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Negative-kun to Positive-kun

Taí um mangá que coloca um sorriso no rosto do leitor: Negative-kun to Positive-kun. Eu lembro que não me chamou muito à atenção quando começou a ser traduzido em inglês há alguns anos, mas após ler os outros trabalhos da hideyoshico, acabei me interessando por esse também.

O título já dá uma boa pista sobre o que é a história... Fujiwara Jun é um cara que tira boas notas, fala pouco, é muito sério... E sempre está pensando nas piores situações possíveis, sendo um pessimista de carteirinha. Seu amigo de infância e agora namorado, Tachibana Shin, é seu exato oposto: é um cara alegre, péssimo nos estudos, bom nos esportes e que sempre vê as coisas, mesmo as situações mais complicadas, de uma forma muito otimista. Mesmo sendo tão diferentes, os dois se tornaram amigos nas primeiras séries da escola, quando Shin foi transferido para a turma de Jun, e seguiram amigos até o ginasial, quando perceberam que sentiam algo a mais um pelo outro.

No primeiro capítulo, a história começa com Jun recebendo uma declaração de amor, que ele interpreta como a garota estar pagando algum tipo de prenda e, por isso, um péssimo começo para o seu dia. Em contrapartida, Shin comemora suas notas baixas e acha o máximo ter pisado em um cocô na rua... Melhor retificar: esse mangá não tem bem "uma história", é episódico e ilustra diversas situações vagamente conectadas em que vemos os contrastes nas atitudes de Jun e Shin. 

Os colegas de escola sabem sobre o relacionamento dos dois e não se importam muito... Já que Shin faz questão de demonstrar o quanto gosta de Jun. Mas isso não quer dizer que Jun não demonstre, também, seus sentimentos... Da forma neurótica e obsessiva dele, ele planeja a visita ao parque de diversões com antecedência, faz o almoço de Shin, o ajuda a estudar e tenta animá-lo quando ele não está muito bem. Os dois personagens se entendem muito bem e possuem uma boa dinâmica em seu relacionamento.

   

A arte da hideyoshico é simples, mas eficiente. Esse foi um dos primeiros trabalhos dela, mas eu gosto bastante da forma que ela ilustra os cenários e a diferença, até postural, entre os personagens. O mangá é bem levinho, só com algumas poucas cenas de beijo... Eu diria que a parte mais explícita é o extra, em que a menina que se declarou para o Jun fica se perguntando quem seria o uke e o seme do relacionamento dos dois... Uma pergunta que não é respondida. O mangá, em geral, é muito engraçado e brinca com estereótipos. Vou dar nota "8", porque é uma leitura que manteve entretido enquanto durou e me fez sorrir em vários momentos.

A tradução em inglês é do acme. Em português, está sendo feita pelo BL Scanlations

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Me Wo Tojite 3-Byou

Vixe, quase que fiquei sem o que postar! Finalmente vou escrever sobre Me wo Tojite 3-byou, que é um mangá que eu já li e reli algumas vezes e nunca lembro de parar e escrever sobre. Também é um trabalho da Aniya Yuiji, a mestra suprema das expressões faciais. 

Chibana Manabu tem o hábito de fechar os olhos e contar até três quando ele está triste ou irritado e precisa retomar o controle. Ele faz isso desde a infância, em muitos momentos para evitar explodir com seu pai, que é uma travesti, ou para suportar os sentimentos que têm por seu amigo, Kaji Hiroto. Ao contrário de Chiba que é muito quieto e tem dificuldades em se expressar, Hiroto é descontraído e alegre. Os dois aproveitam seus dias juntos na escola e por sempre estarem juntos, desde pequenos, nunca imaginaram que precisariam se separar. O pai de Chiba decide que irão mudar de cidade e as dificuldades de Chiba e Hiroto em se comunicarem acaba destruindo essa amizade.

Ou melhor, a deixa na geladeira. Quatro anos se passam até os dois voltarem a se falar, com o retorno de Chiba à cidade que costumava morar. Um aspecto positivo desse mangá é que temos tanto a perspectiva de Chiba como a de Hiroto e vemos que o grande problema dos dois é sua dificuldade em se comunicarem. Enquanto Hiroto é insistente e costuma ser quem toma as decisões na dupla, ele também tem dificuldades de falar o que sente, especialmente porque fica frustrado por Chiba nunca lhe expressar nada e suprimir suas emoções ao fechar os olhos e contar até três. Sério, no lugar do Hiroto, eu teria dado um tapão nas costas do Chiba e dito um "desembucha, criatura!". 

Esse mangá desenvolve bem sua história e personagens, enfatizando muito as emoções. Como eu disse: a Aniya Yuji é a mestra suprema das expressões faciais e, mesmo esse sendo um trabalho antigo dela, podemos ver esse talento em toda essa glória nesse mangá. Acho fantástico como ela consegue transmitir as emoções desses personagens, muitas vezes sem nem utilizar muitas palavras. O ritmo da história é lento. Não acho que isso seja um problema, porque combinou com a história, que é sutil.

  

Eu gosto bastante da arte dessa autora, mas confesso que nos primeiros capítulos parecia que ela ainda estava se acostumando com os personagens, então, conforme a história avança, a arte vai se adequando mais. Apesar de os personagens serem um pouco frustrantes, porque tudo poderia ser resolvido facilmente se eles não fossem tão enrolados, acho que também são divertidos e engraçados, sobretudo o Hiroto. Acho que o doujinshi complementa perfeitamente a história: ele dá ao Chiba a chance de mostrar que consegue criar coragem e dizer o que sente. Além de ser extremamente pervertido, um quesito que o mangá não cobre. Vou dar nota "9".

A tradução em inglês foi iniciada pelo Moon In a Box e finalizada, inclusive o doujinshi, pelo acme. Em português, é projeto do Boys Love Scanlations.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

14-sai no Koi

Assim como Horimiya, 14-sai no Koi também é um mangá que volta e meia alguém recomenda em fóruns, quando pedem por um mangá romântico realista e com pouco drama. É interessante pensar que um mangá que fala sobre adolescentes tão jovens possa ser josei, que é um gênero de mangás dedicado a um público mais velho. Isso só mostra que tudo é uma questão de como se conduz a história: Mizutani Fuka escreve esse mangá com maturidade e realismo, mas ainda assim com muita delicadeza e inocência.

A história é sobre dois amigos de infância que tem 14 anos de idade (é óbvio). Tanto Kanata quanto Kazuki são respeitados e admirados por seus colegas por serem muito maduros. Por um lado, sim, eles realmente são menos infantis que os colegas, mas, ao mesmo tempo, eles também são jovens com um pé na infância e outro na puberdade. Por isso, quando eles estão sozinho, abandonam essas personas que assumiram (na falta de uma expressão menos junguiana) e agem como realmente são. Os dois são grandes amigos e, agora, começam a se descobrir sentindo algo mais um pelo outro. 

O mangá é bem slice of life mesmo. É leve, cômico e o romance é bem suave. As situações que são retratadas não são exatamente muito originais e existe uma penca de outros mangás sobre dois colegas em um relacionamento secreto. O que torna esse mangá diferente dos demais é a "atmosfera" que a autora conseguiu criar. É bonita, tranquila e muito, muito real. 

Os personagens são muito interessantes... Eu realmente consigo acreditar e ver os personagens desse mangá como pessoas. Acho que você facilmente vê um menino rebelde com uma queda pela professora nova, uma menina mais quieta que está sempre escrevendo no canto dela, ou alunos que se destacam dos outros por já serem "mais crescidos"... Temos questões de identidade, sexualidade, descoberta... A autora realmente soube como retratar pré-adolescentes. 

  

Eu gosto da arte, que é bastante clean e simples, mas muito eficiente. As capas são especialmente bonitas. Acho que esse mangá é um mangá legal para quem está procurando uma história com pouco drama e/ou com uma sensação de realidade. Vou dar nota "9" e minha maior reclamação é que os capítulos são tão curtos! E dão aquele gosto de "quero mais"!

A tradução em inglês está sendo feita pelos grupos Playground e PROzess.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Saint Seiya: The Lost Canvas Gaiden

Eu estava delirando ontem na casa de um amigo, enquanto assistíamos a Saint Seiya Lost Canvas dublado. Finalmente! Eu ainda estou esperando que façam anime do restante do mangá, porque é excelente. Ao contrário da série clássica, em que o Kurumada Masami pouco aprofundou seus personagens, dando todo espaço do mundo para os fãs criarem, a Teshirogi Shiori escreve mais e mais sobre seus Cavaleiros de Ouro, que são a grande atração da série principal e dessa prequel, Saint Seiya: The Lost Canvas Gaiden.

Apesar de eu gostar muito da série clássica, eu acho que Lost Canvas é mais acessível e talvez tenha mais apelo a um leitor que nunca teve contato com a série clássica. Por isso, super-recomendo Lost Canvas. E também super-recomendo o Gaiden. Já quanto ao anime Saint Seiya Omega, eu super-recomendo... Que passem longe dele e nunca, nunca, nunca o assistam. Bem, voltando ao Gaiden, pelo visto, a autora fará um volume para cada Cavaleiro de Ouro (dois para Gêmeos, porque, né, é o melhor signo sempre tem dois gêmeos mesmo dividindo o posto). 

Começando por Peixes, temos uma história em que acontece antes da Guerra Santa que o mangá principal detalha. É uma aventura do Cavaleiro de Ouro que dá título ao volume (junto com algum sidekick geralmente) contra diversos vilões. Temos o Albafica enfrentando um curandeiro que estava, na verdade, fazendo um exército de espectros e também lidando com o seu passado e com seu sangue venenoso. No volume seguinte, o Kardia de Escorpião resolve levar Sasha (ou Athena) para dar um passeio por aí e acaba tendo de enfrentar os Guerreiros Jaguares. No volume três, o Degel de Aquário é enviado para investigar um reino cuja governante nunca envelhece, a pedido de seu antigo mestre que desapareceu misteriosamente. Depois, o Manigold de Câncer, junto com o Albafica, vai investigar um mafioso que também está envolvido com forças das trevas. Aí tem o El Cid de Capricórnio que é enviado para participar como gladiador em um Coliseu, encontrando lá antigos companheiros de batalha. O mesmo acontece com o Dohko de Libra, com a diferença importante que a história do Dohko se passa no pós-Guerra Santa, em que precisa enfrentar antigos companheiros. Eu estou lendo atualmente a história do Regulus de Leão, que foi enviado para investigar uns druidas e proteger uma menina. Estou ansiosíssimo para ver a história do Asmita de Virgem (é a próxima, se não me engano) e do Shion de Áries (até o presente momento, não foi publicada)!

A arte é absolutamente linda e as histórias são legais, se bem que são um tanto repetitivas. Cavaleiro vai até lugar X para investigar alguma coisa. Encontra uma criança/mulher/rapaz que lhe acompanhará/atrapalhará na aventura. Enfrenta espectro ou um inimigo espectro-like. Leva uma surra, mas vence (porque, né, todos eles estão vivos na série principal, que ocorre uns anos depois). Volta para o Santuário, tendo recebido uma lição de humildade/amor/amizade/algum outro clichê dos shounen.

  

Maldade ter falado desse jeito. Até porque, eu me sinto de novo uma criança de oito anos quando falo de Cavaleiros do Zodíaco. É que é tão, tão épico! A arte da autora também é maravilhosa. Não só os personagens são bem ilustrados, mas as cenas de luta são muito legais, os cenários fantásticos e os inimigos têm designs interessantes. Vou dar nota "9".

O mangá está sendo publicado no Brasil pela editora JBC, que também está reeditando a série clássica. 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Dengeki Daisy

Muita gente considera que Dengeki Daisy é overrated, ou seja, um mangá que é mais elogiado do que realmente merece. Eu concordo um pouquinho, mas também acho que os mangás shoujo são tão marcados por terem tantos mangás ruins que, quando surge algo como esse, as pessoas piram! É um trabalho de Motomi Kyousuke que, ao contrário do que se acreditava, é uma autora, e não um autor.

Kurebayashi Teru é uma estudante do colegial que é órfã e encontra dificuldades financeiras, estudando como bolsista em uma escola de prestígio. Seu irmão, que faleceu há pouco tempo, lhe deixou o contato de uma pessoa que lhe ajudaria no que precisasse e lhe faria companhia. Assim, ela passa a trocar mensagens de celular com Daisy, uma figura misteriosa cuja identidade real ela não conhece. Apesar dos tempos difíceis, Teru segue otimista com o encorajamento que Daisy lhe dá. Mesmo agora que está servindo como escrava do zelador da escola, Kurosaki Tasuku, por ter quebrado uma vidraça. 

É óbvio desde o ínicio que Kurosaki é Daisy. Não é spoiler nenhum dizer isso, porque realmente é muito óbvio. Durante boa parte do mangá, a grande curiosidade é como Teru irá descobrir a identidade de Daisy. Por mais que ela desconfie e deseje que Kurosaki, alguém que, por mais que seja malvado, também está sempre lhe ajudando, seja Daisy, ela não tem certeza. E, pior, para complicar mais ainda, Teru eventualmente descobre a identidade de Daisy, mas resolve ficar quieta para não destruir a sua relação atual com ele. Aí a tensão passa a ser quando Kurosaki irá descobrir que Teru descobriu a identidade de Daisy! Complicado? Não o suficiente, a história é mais complexa ainda.

Daisy também é um infame hacker, que foi envolvido em um assassinato e na criação de um vírus que coloca em risco os sistemas de segurança governamentais. O passado de Kurosaki está constantemente o assombrando, bem como a culpa de se sentir responsável pela morte do irmão de Teru e de um professor seu. Gente, esse mangá é tão interessante que eu não vou nem mais explicar nada. Leiam! As explicações são bem complexas e dá para ver que a autora realmente planejou bem sua trama.

  

A arte é uma questão de se acostumar. Eu gosto do estilo, mas há gente que reclama por aí. Também acho interessante o quanto a Teru é forte, inteligente e imprevisível. Ela não é boca-aberta como a maior parte das heroínas indefesas que os mangás shoujo geralmente têm. Na verdade, a Teru aprende com os próprios erros e é muito esperta. Eu estou morrendo de curiosidade para ler os últimos capítulos e aguardo ansiosamente a tradução! Vou dar nota "10", porque, né, esse é um dos melhores shoujo que há por aí.

Tantos grupos estiveram envolvidos na tradução desse mangá para o inglês que nem vou listá-los. Para ilustrar o post, utilizei a tradução para o espanhol do grupo Hoshi no Fansub.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Heroine Shikkaku

Quando você lê uma quantidade considerável de mangá como eu li, fica fácil prever as histórias, os desfechos e as ações das personagens. Por isso, mangás com protagonistas atípicos como Heroine Shikkaku me deixam feliz. É de autoria de Koda Momoko, uma autora de quem nunca ouvi falar.

Matsuzaki Hatori é amiga de infância de Terasaka Rita, jurando que sempre iria protegê-lo. Com o tempo, ela se apaixonou por ele e decidiu que ela seria a heroína de uma bela história de amor ao lado de Rita. Mesmo que ele saia frequentemente com várias garotas, Hatori não está preocupada, pois ela é a heroína "por direito" de Rita. O problema é que Rita começa a namorar com Adachi seriamente. Para a infelicidade de Hatori, Adachi é uma heroína muito melhor do que ela. Hatori se torna, então, uma heroína vilanesca para competir com Adachi pelos sentimentos de Rita.

Por mais que eu tenha achado a proposta e o enredo interessantes, ler esse mangá foi um teste de paciência para mim. A Hatori é uma protagonista única, diferente, interessante? Sim, claro. Mas ela também é beeeem chatinha. A obsessão dela pelo Rita é em níveis absurdos, ao ponto de ela não ter interesses, sonhos e objetivos além do Rita. Ela se descreve como uma "heroína malvada" (em oposição à Adachi, que é a "heroína bondosa") e realmente age como uma... Como bônus, sendo chorona e egoísta. Ainda bem que a Nakajima, quem ela descreve como coadjuvante, para dar uns reality checks nela.

Além disso, eu não gostei do desenvolvimento do romance. Eu me peguei torcendo para o Hiromitsu, que é o tipo de babaca que eu não gosto em shoujo. Pelo simples fato de ele e da Hatori terem interagido bastante e desenvolvido um relacionamento ao longo da história. A Hatori e o Rita tem um relacionamento próximo, mas cheio de idas e vindas. Na verdade, eu diria que o Rita faz a Hatori de ioiô: ele a afasta dele, a impede de seguir em frente, diz coisas ambíguas, diz para ela que nunca irá amá-la, dá um beijo nela... Tudo bem que nem ele se entende. Mas ele foi um personagem que me deixou cansado. A Hatori pode ser chatinha, mas o Rita é um legítimo mala.

  

A arte é bonita e agradável na maior parte, com a autora mudando seu estilo de ilustrar em diversos momentos, com fins cômicos. Afinal, esse mangá é voltado para a comédia. Há alguns personagens legais, como a Nakajima, que eu já citei, apesar da protagonista ser meio chata às vezes e, em outros momentos, o humor acaba deixando-a mais suportável. Vou dar nota "7", levando em consideração que eu sou implicante e não gostei do final.

A tradução em inglês foi feita pelos grupos Anime-tion Scanlation, Autumn Scans e 200 wpm. 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Senpai

Outro daqueles mangás que são um achado! Senpai é um mangá muito bonito, tanto em termos puramente estéticos (já que a arte da Bikke é muito bonita) quanto numa questão poética. É uma história com desenvolvimento lento e uma atmosfera muito interessante.

Fujinami Kou é um estudante do colegial que estava num relacionamento amoroso com um senpai seu. Misumi-senpai faleceu num acidente de carro no ano anterior. No aniversário de morte de seu senpai, Kou acaba conhecendo Kakitsubata Saki, um aluno do primeiro ano, que é muito parecido com o senpai que ele costumava namorar. Saki, por sua vez, fica instantaneamente intrigado e decide descobrir mais sobre Kou. Indo visitá-lo frequentemente no clube de artes. 

Quanto mais Saki tenta descobrir a respeito do outro, menos ele entende a respeito dele e desse misterioso senpai e mais ele se interessa por Kou. Acho que a progressão da história foi natural e a autora realmente soube como lidar com os sentimentos dos personagens. Por um lado, talvez as questões tenham sido resolvidas muito facilmente. Mas, por outro, talvez seja porque eu estou acostumado a histórias que os personagens fazem tempestade em copo d'água e mantêm segredos sem motivo. Nesse mangá, os personagens conseguem falar sobre o que estão sentindo e resolver as coisas.

O Misumi-senpai, na minha opinião, foi um dos personagens mais interessantes da história. Ele realmente amava Kou? Ele era um sacana, um covarde ou um apaixonado? O diário dele esclareceu algumas questões, mas deixou outras em aberto. 

  

Como eu comentei, eu gosto bastante da arte dessa autora, porque é delicada e agradável. Ter lido Senpai me fez lembrar que eu preciso tomar vergonha na cara e ler os outros mangás da Bikke... Eles têm uma atmosfera muito única e particular. Vou dar nota "8" e lamento não ter lido esse mangá antes.

A tradução em inglês foi feita pelo acme.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Gekkan Shoujo Nozaki-kun

Outro que eu comecei a assistir ao anime primeiro. Gekkan Shoujo Nozaki-kun é um mangá de 4-Koma cujo tradutor já colocou um aviso: "cuidado: pode induzir riso histérico". Isso é a mais pura verdade! É de rir até ficar sem fôlego! E, como bônus, a arte de Tsubaki Izumi é uma graça.

Sakura Chiyo resolve declarar seus sentimentos por Nozaki Umetarou. Infelizmente, ele acaba entendendo mal o que ela quis dizer, lhe entrega um autógrafo e a leva para sua casa para ajudá-lo a finalizar um mangá. Assim, Sakura descobre que Nozaki-kun é Yumeno Sakiko, uma famosa autora de mangás shoujo. Apesar de seu pseudônimo feminino ser conhecido pela sutileza e sensibilidade, Nozaki-kun nem percebe os sentimentos de Sakura e parece não ter nem um pouco de senso comum.

O elenco de personagens é grande, sendo composto tanto pelos colegas de escola que auxiliam Nozaki em seu mangá como ajudantes quanto pelos colegas que lhe inspiram a criação de personagens. Além disso, há explicações - engraçadas, mas ainda assim - de como funciona a vida de um autor, como são os editores, as técnicas, etc. Além, é claro, da vida desses personagens na escola, em seus respectivos clubes e os relacionamentos deles.

Não dá para comentar esse mangá sem citar os outros personagens: temos o Mikorin, que tenta ser um galã, mas na verdade é um otaku tímido (e ele que inspirou a personagem principal do mangá de Nozaki!); a Seo Yuzuki, uma menina violenta e completamente alheia dos sentimentos alheios; a Kashima-kun, que é o ídolo do clube de teatro e das meninas da escola; o Hori-senpai, o capitão do clube de teatro e um dos ajudantes de Nozaki; e o Wakamatsu, o kouhai de Nozaki, que também o auxilia e mantem uma relação de amor e ódio com a Yuzuki. Também há os editores, que são opostos um do outro, Maeno e Ken. E, é claro, a também autora de mangás Miyako Yukari, conhecida por sempre ter milhares de guaxinins nas páginas de seu mangá, sufocando os demais personagens!

  

Com um elenco de personagens tão variados e cada qual esquisito a sua maneira, esse mangá consegue fazer o leitor rir, rir e rir! Adorei quando o Mikorin e o Nozaki jogam videogames juntos! Ou quando o Nozaki vai junto com a Sakura no clube de artes! Ou todas as idéias bizarras que o Nozaki tem para o seu mangá, satirizando os vários clichês dos mangás shoujo! Claro, esse é um mangá cômico e, como tal, é uma leitura muito leve, mas eu recomendo. É surpreendentemente bom e nota "10"!

Os grupos principais que traduzem esse mangá para o inglês são o Panda Scans e o Roselia Scanlations. O anime também vale muito a pena de ser assistido!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Noragami

Esse é outro mangá que eu não consigo emitir opiniões coerentes a respeito. Noragami é bom demais!!! Eu assisti ao anime primeiro, adorei, fui ler o mangá e adorei mais ainda. Adachi Toka é o nome da dupla que criou essa série, sendo que, ao invés de se dividirem em quem escreve e quem ilustra, um dos membros ilustra os personagens e o outro, os cenários. 

Vocês já sabem qual minha opinião sobre esse mangá, agora vamos à história e aos meus motivos. Yato é um daqueles vários deuses menores que há no Japão. Ele não possui um santuário ou seguidores, sendo que, por isso, seu sonho é ter um grande culto o idolatrando e rezando para ele. Para tornar esse sonho realidade, Yato trabalha como um "faz tudo", realizando os pedidos das pessoas (que ligam para o celular dele, ao invés de rezar!) e coletando oferendas como pagamento. Os pedidos variam desde resgatar um gatinho à matar ayakashi, demônios que surgem de sentimentos negativos. Para poder lutar contra os ayakashi, Yato precisa realizar um contrato com uma alma humana pura e transformá-la em um artefato sagrado (ou shinki). A parceira dele o abandona e Yato segue tentando realizar seu sonho. 

Nisso, ele conhece Iki Hiyori... Ou melhor, ele é salvo de ser atropelado por um caminhão por Hiyori, uma humana. Com a colisão, a alma de Hiyori fica separada de seu corpo e ela se torna uma meio-Ayakashi. Com seu corpo dormindo repentinamente e sua alma podendo vagar por aí, Hiyori pede que Yato a ajude. Ele enrola e enrola a coitada. Eventualmente, ele encontra um espírito humano e o transforma em seu Shinki, chamando-o de Yukine. Assim, temos nosso trio de protagonistas. (Sim, eu copiei esse trecho da minha resenha do anime, porque não sabia como escrever isso de novo de outra forma).

Tá, sim! Eu sei!!! Noragami parece uma mistura de Gintama (pelo grupo que faz trabalhos variados), Soul Eater (pelos armas-humanas) e qualquer outro anime que fale sobre Ayakashi (e há muitos! De Natsume Yuujinchou à Inuyasha). Eu sei que é clichê e parece uma colcha de retalhos, pegando o que funciona de cada um dos outros animes, mas funciona tão bem! Vão entrando mais personagens na trama, como a deusa da "sorte" (só que não) Kofuku, a deusa da justiça Bishamon (e sua família gigantesca de Shinkis, sendo que o Kazuma tem destaque), a misteriosa Nora e o mais misterioso ainda "pai" do Yato... Gente, esse mangá só fica mais interessante ainda. 

  

A arte absolutamente linda ajuda muito. Os cenários são incríveis e eu adoro o design dos personagens. Um ponto muito positivo em Noragami para mim é que há um romance muito agradável. Lentíssimo, mas muito agradável e meigo. O Yato é um dos personagens que mais me interessou nos últimos tempos. Há uma cena no mangá (e no anime também) que me faz gargalhar só de olhar para ele! Fazia anos que isso não acontecia. Vou dar nota "9", porque, mesmo sendo praticamente perfeito, Noragami tem seus problemas, especialmente porque algumas partes são meio arrastadas demais e o personagem do Yukine demorou a se estabelecer.

Vários grupos trabalharam na tradução desse mangá para o inglês, sendo que o que atualmente está fazendo esse projeto é o Norawgami.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Fetish Berry

Eu acabei lendo dois shoujo muito similares em alguns aspectos para testar o aplicativo Manga Rock (que foi a Naelyan quem recomendou. Muito obrigado!), em que você pode baixar e ler offline mangás de online readers. O primeiro que eu li foi Fetish Berry, um shoujo bonitinho e cômico da autora Aki Arata.

A protagonista da história, Mizuhara Hiyori, tem uma obsessão (ou, melhor dizendo, um fetiche) com as mãos dos garotos, ao ponto de começar a babar! Depois de ser rejeitada por seu namorado no ginasial em função de seu fetiche, ela decide esconder isso do mundo quando entra no colegial, contando com a ajuda de seu amigo de infância, Seki Takaomi. Na nova escola, ela encontra Narita Naohisa, um menino bonito com mãos maravilhosas, sendo o alvo ideal do fetiche de Hiyori. Ele acaba descobrindo sobre o fetiche dela, quando Hiyori se deixa levar e quase dá uma dentada na mão de Narita!

Narita, então, decide que Hiyori será sua escrava, em troca de não falar nada sobre o fetiche dela. Essa relação de mestre-escravo não dura muito tempo e nem é tão brutal como em outros mangás (tipo o próximo que eu vou comentar), porque logo a Hiyori consegue colocar Narita no lugar dele. Ela também faz amizade com Asahina, uma fujoshi que, como Hiyori, esconde seus interesses do resto das pessoas. Ela está interessada no casal (imaginário) Narita x Seki e tem muitos momentos engraçados. 

 

Achei que esse mangá teria um final imprevisível, pela forma que a história estava se desenvolvendo, mas acabou sendo só mais um shoujo típico. Devo dizer que o final me decepcionou e muito. Durante o desenvolvimento da história, esse mangá foi engraçado e bonitinho, com relações interessantes entre seus personagens. Também gostei bastante da arte, que é detalhada e agradável. Como fiquei decepcionado com o final, esse mangá acaba recebendo uma nota "6". Não que eu fosse dar uma nota muito maior, mas enfim.

A tradução em inglês foi feita pelos grupos Day of the River e Summer Rain. Em português, o Kokoro Nin-Nin está traduzindo.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Hana-kun to Koisuru Watashi

Ainda bem que eu tive essa idéia de programar minhas postagens com bastante antecedência, ou estaria há quase um mês sem postar de novo. Hoje vou falar sobre Hana-kun to Koisuru Watashi, que é o primeiro mangá que eu li em semanas. Pedi ajuda de um amigo meu, que adora mangá shoujo, porque eu fiquei decepcionado com o rumo (ou falta de) desse mangá de Kumaoka Fuyu e não estava mais conseguindo enxergar os tantos pontos positivos que essa história tem (então um grande joinha para o Niwa, por tê-los apontado para mim). 

A premissa é muito simples e já é bem batida. Até por isso que eu demorei um pouco a ler, pois achei que seria parecido demais com outra série mais popular. Em Hana-kun to Koisuru Watashi, temos Sakashita Nanase que é uma aluna modelo na escola, tira excelentes notas e é a representante de turma. Ela também é bem bonita, tem amigas legais e é admirada e querida pelos colegas. Entretanto, ela acaba ficando interessada por Hana Daikou ou, simplesmente, Hana-kun, conhecido por ser um delinquente que se mete em brigas, falta às aulas e tira notas péssimas. Hana-kun deixa cair uma pequena caixa e Nanase acaba pegando. Quando ela tenta devolver, Hana-kun diz que ela pode ficar com a caixa, pois já é tarde demais para dar de presente a pessoa que ele gosta.

Logo, Nanase percebe que Hana-kun é apaixonado pela professora Komari, uma vizinha e amiga dele há muitos anos. Visto a diferença de idade e o fato da professora considerar o Hana-kun como um irmão menor ou algo do tipo, o amor de Hana-kun é platônico e não parece promissor. Nanase, aos poucos, vai se descobrindo apaixonada por ele, apesar de saber que Hana-kun já está apaixonado por outra pessoa. Os dois se aproximam e oferecem apoio um ao outro, por suas situações românticas (mesmo após Hana-kun descobrir que Nanase é apaixonada por ele, os dois seguem amigos). 

Um ponto positivo que eu gostaria de destacar é a protagonista da história, Nanase. Ela é adorável e querida, mas também é inteligente, perceptiva e segura de si. Claro, ela tem momentos de insegurança (quem não os tem?), mas não é no nível exagerado que costuma imperar nos shoujo. Pontos para ela por não ficar completamente dependente do Hana-kun, por não chorar demais e nem ficar vermelha que nem um pimentão por qualquer motivo. Essa história também tem, relativamente, pouco drama, sem ser, ao mesmo tempo, cômica. A forma que Hana-kun e Nanase resolvem seus conflitos é madura e tranquila (sem aquele melodrama típico, em que a protagonista olha pra um aleatório na rua e o namorado já começa a surtar por ciúmes). É uma história bonitinha, romântica e delicada...

(SPOILERS) Isso é, até o capítulo 29 ou 30. Aí a autora enlouqueceu e decidiu que precisava de drama, drama e mais drama. Ela decidiu fazer o Hana-kun e a Nanase terminarem... O meu problema é que a situação veio do nada. As duas interpretações possíveis que eu consigo imaginar foram: a) Hana-kun acha que não é bom o suficiente para a Nanase (já que ele é um delinquente e ela é uma aluna modelo) ou b) Hana-kun acha que dá trabalho demais para a Nanase e sente que ela se vê obrigada a cuidar dele, como representante da turma. Não sei, estou inclinado para a interpretação "b", mas a autora ainda - até o capítulo que eu li - não explicou essa questão. Ah, e ela resolveu jogar uma rival para a Nanase na mistura, só porque sim. Não fez sentido nenhum, mas acho que a autora deve estar preocupada em movimentar a história, porque, como eu comentei, essa série era bonitinha, romântica e com poucas situações dramáticas. Mesmo com a aparição do Gojyou, o amigo da Nanase do tempo do ginasial que tem uma queda por ela, o drama não se elevou muito, porque, como eu disse, Nanase e Hana-kun conseguem resolver seus conflitos tranquilamente... Até a autora decidir que não conseguem mais. Porque sim.

  

Eu gosto bastante da arte e dos dois protagonistas, bem como do elenco de personagens secundários. Estava curtindo bastante e achando diferente, mas muito interessante, ver uma história com um casal tão tranquilo (quase nível Horimiya de tranquilidade e de química no casal). Meus problemas com esse mangá dizem respeito ao desenvolvimento recente da história. Continuarei lendo, é claro, com esperanças de que a autora volte ao clima anterior. Uma coisa que eu percebi é que as pessoas acham que uma história precisa de altos dramas e causar toneladas de lágrimas para ser considerada boa. Isso é balela. Uma história pode ser muito boa, mesmo se for um slice of life tranquilão cheio de fofura. Estou dando nota "7" para esse mangá. Para terem idéia do quanto fiquei decepcionado com essa história, esse mangá estava recebendo nota nove até eu chegar nos capítulos mais recentes... 

Tradução desse mangá em inglês por Doko Demo Doa Manga Scanlations e por Shoujo Sense. Em português, é feita pelo Shoujo Scans e Kokoro Nin-Nin

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Liar Game

Vi algumas pessoas chamando Liar Game de "cópia de Death Note" por aí. Acho que esse tipo de comentário é demasiadamente simplório e reducionista, não valorizando os méritos desse trabalho de Kaitani Shinobu e ignorando o fato de que Death Note não é o primeiro, nem o único mangá em que a manipulação e o pensamento lógico têm destaque. 

Kanzaki Nao é uma protagonista dessa história. Ela é conhecida por ser uma pessoa muito honesta, ao ponto de ser considerada boba e tola, mas acaba sendo escolhida para participar do "Liar Game". Como o nome diz, esse é um jogo de alto risco, com apostas pesadas, em que sua vitória depende da sua habilidade de enganar o adversário e roubar o dinheiro dele. Em contrapartida, perder o jogo significa receber uma dívida gigantesca com a companhia misteriosa que organiza o jogo. 

Inicialmente, Nao recebe uma caixa contendo 100 milhões de ienes e um cartão confirmando sua participação no jogo. Devido a sua ingenuidade, ela é logo enganada e tem o dinheiro do jogo roubado por seu adversário. Então, ela decide pedir a ajuda de um golpista, Akiyama Shinichi, para ajudá-la a se livrar da dívida gigantesca. Com esse início, os dois acabam se unindo para serem participantes desse jogo, tendo como objetivo salvar todas as outras pessoas que acabaram nesse jogo devido às dívidas que adquiriram e desmascarar essa companhia que organiza os jogos.

Como eu comentei, a Nao é a principal personagem da história (ao lado do Akiyama, mas ela tem mais destaque). No início, ela é irritante. Estúpida, boba, fácil de enganar, sempre dependendo do Akiyama pra tudo, chorona... Aos poucos, entretanto, ela vai aprendendo com o jogo, com o Akiyama e com os adversários a ser mais forte. Ela continua honesta e pura, mas ela se torna mais perspicaz e astuta. Em contrapartida, o Akiyama é um gênio e consegue bolar as melhores estratégias para garantir vitórias tanto para si próprio quanto para a Nao, bem como ajudar os demais jogadores. Outra personagem que eu gosto muito é Fukunaga Yuuji. Ela é uma travesti muito inteligente, manipuladora e forte. Fukunaga está no jogo por ser uma pessoa muito gananciosa, o que acaba, muitas vezes, sendo sua maior fraqueza no jogo. O restante do elenco muda com frequência. A maior parte dos personagens consegue ainda mostrar que há um lado de bom em si, apesar desse jogo trazer o pior de que há nas pessoas. Nao argumenta que o ponto desse jogo é continuar honesto, apesar de tudo (algo que ainda não foi confirmado nem refutado, até onde eu li).

  

A arte pode ser considerada um dos pontos fracos desse mangá. No início, as pessoas são desenhadas de forma desproporcional e alguns rostos são esquisitos, para dizer o mínimo. Progressivamente, a arte vai se tornando cada vez melhor e mais expressiva. Eu curti bastante o mangá, sendo que acredito que os personagens tornam a história muito mais interessante do que as situações em que se encontram. Algumas vezes, assim como Death Note, eu fico impressionado (e até incrédulo) com a capacidade estratégica das pessoas nesse mangá! As explicações que o Akiyama fornece são muito legais. Vou dar nota "9".

Muitos grupos trabalharam na tradução para o inglês. O primeiro foi o Null e o mais recente é o TDX.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Yamada-kun to 7-nin no Majo

De volta à programação normal do blog... Com isso, quero dizer que acumulei postagens sobre mangás não-yaoi para o mês de setembro. Depois de 31 títulos yaoi, vamos começar esse novo mês com um shounen ecchi básico! Comecei a ler Yamada-kun to 7-nin no Majo pensando "meh, já estou cansado desses mangás em que as pessoas trocam de corpo... São sempre iguais". Ok, esse trabalho de Yoshikawa Miki pode não ser a coisa mais original do mundo, mas é um mangá super-divertido!

Yamada Ryuu é um aluno conhecido por ser um delinquente e um péssimo aluno. Ele se mete em brigas, está sempre atrasado, dorme na aula e tira notas horríveis. A vida dele é um tédio. Um dia ele se desequilibra numa escada e cai em cima de Shiraishi Urara, a menina mais bonita e inteligente da escola. Até aí, tudo bem, mas eles acabam trocando de corpo com a queda... E com o beijo que trocaram. Inicialmente, a situação é estranha para eles, mas acabam descobrindo que podem trocar de corpo quando quiserem, desde que se beijem, e que o jeito de ser de um pode contribuir muito para a vida do outro. Graças ao jeito impulsivo e violento de Yamada, Shiraishi consegue amigas E, graças à inteligência dela, Yamada também se salva de ser expulso.

Eventualmente, eles descobrem que, na verdade, na escola em que estudam há sempre sete bruxas com poderes distintos e que Shiraishi é uma delas. Yamada, por sua vez, tem a habilidade de copiar os poderes das bruxas, o que ele descobre trocando de corpo com Miyamura, vice-presidente do conselho estudantil, e com Itou, uma maníaca por coisas sobrenaturais. Esses quatro personagens formam o clube de ocultismo e começam a procurar as outras bruxas que estão na escola. 

Acho que uma coisa muito legal desse mangá é o modo que a autora consegue diferenciar quem é quem nos personagens, mesmo quando um está no corpo do outro, através das expressões faciais, da linguagem corporal e do jeito de agir. É muito interessante e bastante cômico, porque essa autora consegue fazer isso bem feito (ao contrário de outras por aí, tipo a Morinaga Ai). Os outros poderes que são introduzidos são muito legais (tipo o de fazer as pessoas se apaixonarem), apesar de alguns serem meio bobos (telepatia, meh). Eventualmente, esse mangá vai passando de shounen cômico romântico para ecchi e harém.  Não que haja um problema nisso, mas não são exatamente meus gêneros de mangá favoritos. Como a história é muito engraçada, os personagens são interessantes e tudo funciona muito bem, acho que é tolerável. Talvez eu tenha assustado algumas pessoas com essas colocações, mas já aviso: coisas para manter as fangirls entretidas.

  

Estou preocupado com esse mangá. Com o final da primeira fase e passagem para a segunda, fiquei com a sensação que esse mangá já podia ter terminado, apesar de eu provavelmente ficar chateado com isso. Na segunda temporada, a introdução de mais uma penca de personagens, com a autora mal conseguindo dar conta dos trocentos personagens da primeira fase, me preocupou. Espero que ela consiga lidar com esse elenco gigante! A arte é muito bonita e agradável, com cada personagem sendo único em seu design e personalidade. Vou dar nota "8" e acho que é uma leitura divertida.

Esse mangá está sendo publicado oficialmente em inglês no Crunchyroll