quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Koi Nante Shinai!

Esse foi um mangá que não me despertou grandes sentimentos. Não achei Koi Nante Shinai! nem bom nem ruim. Foi o tipo de história, que como dizem por aí, "falhou" em causar uma impressão. O que é uma pena, pois a arte de Shiina Akino é bem bonita.

O protagonista da história é Udou Ryuuji que, embora não consiga explicar o motivo, simplesmente detesta Kujou Ritsuki. Kujou é bonito, popular e está sempre flertando com as garotas, o que irrita muito Ryuuiji. Em certa ocasião, ele acaba descobrindo que Kujou trabalha secretamente em um host club. Apesar de que isso poderia ter se tornado um meio para Ryuuji ameaçar e chantagear Kujou (escolas japonesas jamais permitiriam esse trabalho), no fim é ele quem acaba metido até o pescoço no mundo dos host clubs, yakuza e outras organizações.

Ern, a premissa até não parece ruim olhando assim. Eu diria que a autora foi ambiciosa, jogou vinte elementos diferentes em capítulos corridos e falhou em cativar com a história ou com os personagens. Claro, essa história ainda está em andamento no Japão e os próximos acontecimentos podem ajudá-la a se tornar mais interessante. A arte é bem bonita e agradável, o que considero um ponto forte desse mangá. O último capítulo traduzido para o inglês foi o primeiro a de fato me interessar e fazer com que eu ficasse curioso pelo desenrolar da história. Estou aguardando o próximo capítulo com expectativas, ainda que pouco altas.

  

Assim, vou atribuir nota "6". É um mangá com potencial, com uma arte bonitinha e dois personagens que podem se tornar interessantes, mas por enquanto só me faz vagamente querer continuar a ler. Acho que esse vai ser o meu post mais curto, porque eu não tenho muito o que falar sobre esse mangá. Um fun fact: a capa me fez imaginar uma história completamente diferente, com elementos de rivalidade e competição constante.

O grupo September Scanlations está traduzindo esse mangá para o inglês.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Suki, Kamo

Outro mangá que eu não sei porque eu gostei. Na verdade, era para eu NÃO ter gostado de Suki, Kamo. É o tipo de mangá que eu não gosto! O tipo de personagem que eu não gosto! Não sei o que aconteceu, mas simplesmente adorei esse mangá da Hakutou Noriko.

A história principal é sobre dois estudantes universitários que são vizinhos. Ooshima é sério e frio, enquanto Mukai é muito simpático e frequentemente tenta fazer amizade com o outro. Outra coisa que é frequente é Mukai conseguir escutar os "encontros românticos" de Ooshima com Shousuke. Esse relacionamento pré-existente, na verdade não tem muito de romântico. Ooshima se sente usado por Shousuke e acredita que ele não está interessado pelo relacionamento, só pela facilidade em poder fazer sexo. Assim, quando ele começa a se aproximar (ocasionado inicialmente por Ooshima estar bêbado e com raiva de Shousuke) de Mukai, ele encontra alguém carinhoso e disposto a ser um ombro amigo. Mukai oferece a Ooshima tudo que Shousuke não ofereceu. Então o grande conflito é Ooshima tentar investir em um novo relacionamento ou manter o atual... Que na verdade nem é um conflito tão grande assim. É resolvido bem rápido.

Essa história não é profunda nem séria. Na verdade, ela apela mais para o lado cômico e moe. Não que seja um problema: eu curti muito! Eu adorei o desenvolvimento da relação de Mukai e Ooshima, e, mais importante, o que essa relação representou na vida de Ooshima. Acima de tudo, também, o Mukai é o tipo de seme que eu mais gosto, enquanto o Shousuke é um dos que eu mais odeio. Enquanto isso, o Ooshima é simplesmente adorável e eu adorei como ele parecia ser super-frio no início, mas acabou sendo apenas uma pessoa que reprimia suas emoções...

Bem, também tem duas oneshots curtinhas. Também não são profundas ou super-elaboradas, mas não são ruins. A primeira se chama Pink na Kajitsu e é sobre um cara que tem um namorado que gosta de, ern, brincar com os mamilos dele. Por isso, os mamilos ficaram maiores e inchados, o que deixa ele com vergonha quando vão para a praia. Puro moe e PWP. Mas é bonitinha. A segunda, Aigan Kareshi, é sobre um médico recebendo uma visita de um ex-namorado logo após ter se divorciado. Ahn, nada demais a história. Muito curta e apressada também.

  

Em suma, essa história é para quem está procurando alguma coisa suave e pouco dramática para ler. Eu gostei bastante e um dos pontos fortes é as cenas ero. Pela capa (que foi o que me atraiu muito a primeira vista), eu nunca ia imaginar que esse mangá era tão pervertido. De qualquer forma, eu adorei essa história e considero um mangá nota "9"!

Quem traduziu para o inglês foi o Aurora Scans. Quem tiver livejournal, conseguirá achar.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ezakike e Youkoso

Eu gostei desse mangá e nem sei muito bem o porquê. É uma pena que sua autora, Yuzuki Ichi, tenha entrado em hiatus. Dessa forma, Ezakike e Youkoso está parado em seu primeiro volume desde 2008 e parece ter poucas chances de que um dia venha a ser terminado.

De qualquer forma, a história não é muito original. O casal Ezaki resolveu realizar seu grande sonho e foram para a África trabalhar, deixando seus quatro filhos para trás. O mais velho, Shuu, se tornou o responsável pelos gêmeos, Itsuki e Futaba, e pelo menorzinho Masaya. Sem terem pais por perto, esses quatro irmãos sofreram muito preconceito e enfrentaram várias dificuldades. Assim, Shuu se dedica a cuidar dos seus irmãos e permitir que tenham ótimas lembranças da vida. 

Tudo parece estar na mesma paz de sempre, mas o novo professor, Kayaba, da turma de Shuu declara que se apaixonou a primeira vista por ele... O que se torna um grande incômodo para Shuu. As cenas dos dois juntos são bem engraçadas e eu acho legal o contraste que a personalidade alegre e despreocupada desse professor causa com o jeito sério e estoico de Shuu. Enquanto isso, Itsuki tem uma queda por seu irmão gêmeo Futaba, que nem parece perceber. 

Esse mangá tem várias histórias se desenrolando simultaneamente, com cada um dos irmãos tendo suas experiências e sentimentos. Achei legal a proposta, apesar de tudo ser bem simples nesse mangá, inclusive a arte. Acho uma pena a autora tê-lo colocado em hiatus, porque tinha bastante potencial de escrever uma série divertida.

  

Vou atribuir uma nota "7" a esse mangá, pelo potencial que tinha. Vou ficar na torcida para que algum dia, apesar de ser muito improvável, essa autora resolva retomar seu trabalho.

Esse mangá era traduzido pelo Bliss em inglês, que também não existe mais. Duvido que algum outro grupo decida trabalhar em um mangá em hiatus, mas, se a autora retomá-lo, há uma chance!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Oneshot: Plastics

Depois de passar um tempo no fundo do poço, cá estou eu listando novamente minhas leituras e impressões sobre elas. Enquanto eu vasculhava a categoria "Relacionamento Professor-Aluno", procurando por um mangá que tinha lido há alguns anos, achei essa oneshot de Naba Chiharu. O título Plastics não tem muito a ver com a história, que é curtinha e bem legal.

Na verdade, alguns elementos dessa história são parecidos com os de uma oneshot da Junko que eu comentei aqui. Na real, tem milhares de mangás por aí que tratam sobre a temática de diferença de idade e de um dos rapazes achar que ama mais do que é amado. Nesse caso, temos o relacionamento de um aluno do último ano do colegial, Fujimoto Hajime, com seu professor, Nakajima Keigo. Eles já vem namorando por uns bons meses, mas Hajime sente que Nakajima não está tão comprometido com o relacionamento como ele está. O grande ponto da história é que o aniversário de Nakajima está chegando e ele não permite que Hajime lhe dê um presente (dizendo coisas como "você não tem dinheiro", ou "eu quero um carro novo, então"). Assim, Hajime passa a acreditar que o namoro só vai durar até ele se formar, porque acha que Nakajima não está mais interessado em manter o relacionamento.

Gostei bastante dessa história. Os dois personagens são bem construídos e eu achei as atitudes de ambos bastante realistas. Como todas as oneshots, é uma pena que a história seja tão curtinha, mas achei que a autora desenvolveu uma boa história e bons personagens apesar das páginas serem limitadas.

  

Vou dar uma nota "9" para essa oneshot, pois gostei bastante dela. Eu gostaria muito de ver mais trabalhos dessa autora por aí, mas que eu saiba ela só tem uma outra série sendo publicada e ilustrações de uma novel (que eu vou ler em breve).

Quem traduziu há muito, muito tempo foi a duplas okaeshi e pinklotus89. É fácil de achar para baixar e ler online em inglês.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Ochibure Shinshi ni Ai no Uta

Ochibure Shinshi ni Ai no Uta me foi recomendado como sendo um mangá "ruim", especificamente descrito como um "mangá que tinha potencial e falhou". Como vão ver com meus comentários, eu discordo plenamente de quem me recomendou esse mangá: Yukimura escreveu uma história com pontos bem interessantes.

A história começa com Asada que estava se esforçando para realizar seus sonhos profissionais, mas acaba tendo-os frustrados. Ele sai para beber com um amigo, enche a cara e acaba dormindo em uns arbustos. Nisso, um cara o acorda para pedir informações, pois está perdido, e, muito agradecido quando Asada o ajuda, diz para que ele o visite em sua nova confeitaria. Esse cara é Nao, um jovem confeiteiro, que ainda está passando trabalho para aprender a fazer as coisas direito. Asada tem um gosto apurado, então ele começa a auxiliar Nao, experimentando os doces feitos por ele e oferecendo críticas. Os dois, logo, vão se aproximando e ficando amigos. Nao decide, então, fazer um curso de dois anos na França para aprimorar suas técnicas e, assim, Asada percebe que, apesar de querer apoiar o sonho de Nao, não quer que ele vá, pois está apaixonado por ele. Infelizmente, Asada decide não expressar seus sentimentos e acaba sendo muito rude com Nao.

Temos, então, um timeskip de três anos. Nele, Asada está, finalmente, trabalhando com o que gosta (planejamento de eventos) e seu chefe pede que ele avalie uma confeitaria para o evento que está por vir, que, é óbvio, acaba sendo a confeitaria de Nao, que já está de volta da França. Nao não está nem um pouco interessado em trabalhar junto com Asada e retomar a amizade antiga, enquanto Asada está arrependido pelo que disse há três anos. A partir daí, se iniciam as tentativas de Asada em ganhar a confiança de Nao novamente.

Uma coisa que um monte de gente detestou (inclusive a amiga que me recomendou esse mangá), mas eu achei bem legal foi o quanto os sentimentos tanto de Nao como de Asada (mas especialmente do segundo) são ambivalentes. Eles sofrem para admitir as coisas mais simples e criam problemas onde não há, simplesmente por não conseguirem ser sinceros um com o outro. Eu acho a arte agradável, não é a melhor que há por aí, mas é bem bonitinha. Outro "plus" para mim é que esse mangá tem vários momentos cômicos bem feitinhos.

  

Eu curti esse mangá. Ele foca muito, muito e muito no desenvolvimento do relacionamento dos dois personagens e até soa como sendo uma história de amor convincente. Não é tipo "Oi, prazer em conhecê-lo... acho que te amo!". Os sentimentos são construídos. Por isso, vou dar uma nota "8", porque o Asada é dramático demais para o meu gosto.

Esse mangá está disponível para ser adquirido em inglês sob o título A Love Song for the Miserable e editado pela Juné

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Shounen Oujo

Eu estava resistente quanto a ler Shounen Oujo porque me disseram que era uma história sobre traps. Traps são meninos vestidos como meninas e ficam tão bonitos assim que se tornam uma "armadilha" para homens. Já li mangás sobre crossdressing e acho que há uns bem legais, mas tive medo que essa história da dupla Yukihiro Utako e Musashino Zenko fosse besta e cheia de fanservice.

Albert é um menino órfão que vive sob os cuidados de uma senhora junto com seu amigo Theodore. Os dois resolvem sair escondidos para ver a celebração de aniversário da rainha do país, mas acabam sendo capturados por um mercador de escravos. Um homem, chamado Gil, propõe de comprar os meninos por um milhão de dinheiros do país e os leva... Para dentro do palácio. Lá, Albert fica sabendo que ele é a cara da princesa herdeira do trono, Alexia. No estilo de "O Príncipe e o Plebeu", Alexia pede que ele a ajude servindo de dublê para ela em alguns momentos. Albert inicialmente recusa, mas, quando a vida de Theodore é colocada em risco, acaba concordando para salvar a vida de seu amigo. Esse início foi bobo e até monótono. Algum fanservice, piadas sobre Gil ser um lolicon, Alexia descobrindo mais sobre o povo de seu reino... Chatinho. 

Mas então! Tudo muda. Alexia sucederá sua mãe no trono, que é a rainha desse país dominado por mulheres. Explico: a rainha criou uma lei determinando que somente as mulheres podem trabalhar, dessa forma dando o poder financeiro a elas. A maior parte delas é abusiva em relação aos homens, que ficam retidos a tarefas do lar e são comumente vendidos como escravos. Dessa forma, é esperado que Alexia suceda sua mãe, sendo, também, uma rainha poderosa que consiga ter uma filha (claro!) logo para garantir a sucessão. Não é isso que ocorre, pois Alexia é assassinada subitamente durante uma cerimônia importante. Durante o caos, Albert grita que quem morreu foi uma dublê e que ele é a verdadeira princesa. Assim, ele assume definitivamente o papel de princesa Alexia.

Aí começa a avalanche de plot twists. Como dizem por aí, "trust no bitch". Ninguém é confiável nesse mangá. Um personagem inusitado começa uma revolução querendo dar poder aos homens! Piratas aparecem! O assassino de Alexia está de volta! Traidores surgem! Que mangá imprevisível e divertido!

  

Eu adorei Shounen Oujo. A arte é bonita, a história começa devagar e depois fica cada vez mais envolvente, há uma surpresa a cada capítulo, cheio de bishounens, Albert cresce muito como personagem... Enfim, super-recomendo esse mangá. Uma nota "9", porque tenho algumas implicâncias menores que seriam spoiler ao mencionar.

Esse mangá está em hiatus no Japão, porque uma das autoras está trabalhando no mangá de Uta no Prince-Sama. Como o grupo Hachimitsu só traduz para o inglês a partir dos volumes (tankoubon), vai demorar ainda muitos meses até traduzirem o terceiro volume... Vamos torcer que a autora termine rápido!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaete mo Omaera ga Warui

Quem me fez a sugestão de ler esse mangá foi um primo meu que não costuma ler mangá. Por isso, eu não sabia o que esperar de Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaete mo Omaera ga Warui!. Aliás, eu tenho uma implicância profunda com esses mangás e novels de títulos ridiculamente grandes. Costumo evitar. Só que minha curiosidade me fez ler esse mangá de Tanigawa Nico.

O mangá é sobre uma garota anti-social (no sentido de "introvertida", não no sentido de psicopata) chamada Kuroki Tomoko, que deseja se tornar mais popular, fazer amigos e arranjar um namorado, agora que está no ensino médio. Ela lembra muito a Konata de Lucky Star, mas de um jeito mais real e mais assustador. Tomoko se descreve como uma "Mojo" (garota que não é popular ou atraente, continua virgem e nunca namorou), sendo também uma otaku e viciada em otome games e jogos eróticos. Ainda assim, ela decide tentar várias coisas ao longo do ensino médio para tentar se tornar popular e arranjar um namorado. Ela conta com a ajuda (relutante) de seu irmão, Tomoki, em alguns momentos e com a de Naruse Yuu, uma ex-colega do ginasial que se tornou bonita e arranjou um namorado no ensino médio.

As tentativas de Tomoko para se tornar popular são estranhas e nem um pouco ortodoxas. Dessa forma, esse mangá é uma comédia episódica, sendo cada capítulo uma tentativa de Tomoko em fazer algo de novo. Não é incomum, também, a protagonista achar que subiu mais um degrau em direção à popularidade e nós, leitores, ficarmos sabendo que ela pisou na bola mais uma vez e apenas não sabe disso. Tomoko também não é flor que se cheire, digamos assim. Ao ler os capítulos em que ela tenta e fracassa em ser uma pessoa melhor, pode ser que dê pena dela... Esse sentimento logo se dissipa quando vemos Tomoko trapaceando nos jogos, desejando que seus colegas morram ou mentindo a torto e a direito para Yuu ou sua prima para tentar parecer alguém melhor. Apesar desse comportamento dar uma idéia para o leitor de outros motivos que podem contribuir para ela ser pouco popular, além de sua aparência e sua personalidade quieta, é interessante observar como Tomoko continua fazendo suas tentativas, nem que seja para rir do quão patética ela acaba sendo. É difícil não se identificar em algum grau com ela, ainda que seja apenas por ela ser "socialmente estranha". Quem nunca fez uma trapalhada e quis se enterrar em um buraco após isso?

Acho que essa história tem apelo para os leitores que estejam buscando um mangá engraçado e episódico para ler. Não é o meu caso. Rapidamente fiquei cansado por Tomoko simplesmente não fazer progressos. Quando você acha que ela está crescendo como personagem ou que vai conseguir sair vitoriosa de alguma situação... Não. Tudo volta à estaca zero. A arte também é incômoda para mim, sendo bem simples e difícil de se acostumar. O ponto positivo é que o autor consegue mostrar muito bem as emoções de Tomoko com seus desenhos. 

  


TL;DR: Esse mangá é divertido, mas tem um apelo específico. Boa parte dos leitores irá se identificar com Tomoko, mas esse mangá pode ser frustrante aqueles que buscam um mínimo de desenvolvimento na história. Eu não pretendo voltar a ler essa história, mas não acho que seja ruim. Nota "6".

Em português, os lançamentos parecem estar parados, mas é fácil achar esse mangá em inglês traduzido pelo grupo de anônimos World Three.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Diamond Game

Eu sou suspeito para falar desse mangá, porque ajudei a traduzi-lo para o português. Não gosto da autora, Byaku Kotora, o suficiente para me permitir ficar enviesado ao comentar essa história. Diamond Game tem uma arte belíssima, um título que não faz muito sentido e uma história meia-boca. Ok, vamos por partes...

Daia é um vampiro que nunca atacou um ser humano. Ele está sob a constante vigilância de Kuro, um caçador de vampiros, desde que se encontraram há dez anos. A regra seria eliminar Daia imediatamente, mas Kuro decidiu lhe dar uma chance: ele não será morto, a não ser que ataque ou morda um humano. Daia, apesar de obedecer seu pacto com Kuro, tenta escapar dessa vigilância. Eventualmente, ele acaba no Japão, onde conhece Shishou, um mercador que lhe oferece um emprego e um teto sobre sua cabeça. Daia começa a se sentir atraído pelo gentil Shishou, sentindo-se cada vez mais tentado a beber seu sangue e a transformá-lo em um ser como ele.

Vou enumerar os pontos dessa história que eu não gostei: a) Daia é afeminado pra caramba; b) O romance é bem sem fundamento; c) várias coisas foram mal explicadas; d) as orelhas de gato/cabelo do Daia me deram nos nervos (ok, isso é muito bobo, mas, seriously, que character design besta. Por que há tantos autores japoneses que fazem os personagens vampiros se assemelharem a gatos!? Não tem nada a ver!); e) o Daia é ridiculamente fraco para um vampiro. O propósito desse mangá parece ser apenas o moe, sendo que a história não parece ser importante. O epílogo é até legal, mas o Daia... Não consegui gostar dele como personagem. O que eu gostei? A arte é muito bonita e o character design (do Kuro e do Shishou) é bem legal. 

  

Definitivamente, como dizem os gringos, esse mangá "is not my cup of tea" (não é do meu gosto). A arte é bonita, como eu já enfatizei, e ele é baseado em "moe". Quem estiver procurando algo do tipo, vai gostar. Eu, particularmente, não sou fã desse tipo de coisa. Nota "6".  

Quem traduz para o português é o grupo BL Scanlations

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Kimi ni Koishite Ii desu ka

Eu conheço outros mangás shoujo com o plot bem parecido com o de Kimi ni Koishite Ii desu ka. A diferença é que esses mangás que eu li antes tinham uma garota que enfrenta os mesmos problemas do menino desse mangá de Shiiba Nana. Até Kimi ni Todoke tem uma premissa parecida. Ainda assim, gostei dessa história que vou comentar por ser simples, engraçada e divertida.

Chigira Ruiji é um garoto que nasceu com o rosto de um demônio. Ele é muito assustador e intimidador, então ele está sempre metido em confusões. Os professores acham que ele está ameaçando os colegas, os delinquentes acham que ele está procurando brigas, as garotas fogem dele... Enfim, ele nunca teve amigos ou namoradas em toda sua vida. Apesar do rosto que tem, tudo que Chigira quer é ter uma vida tranquila no ensino médio e, com sorte, fazer alguns amigos. Logo de cara, entretanto, ele se apaixona por uma colega, Wakatsuki, que tem muito medo dele. 

Ele também, eventualmente, descobre um segredo de uma menina popular, Kibayashi, e, dessa forma, consegue a ajuda dela para ensiná-lo como agradar as garotas e conquistar Wakatsuki. O relacionamento dos dois é muito legal, sendo Kibayashi a primeira amiga de Chigira. Na oneshot que originou esse mangá (que é hilária), a Wakatsuki é bem mais interessante e simpática, enquanto no mangá eu senti que ela foi ofuscada pela Kibayashi, que é uma personagem muito mais interessante. Só um volume foi publicado por enquanto, então acho que há grandes chances de isso se desenvolver melhor.

  

Eu gostei bastante dessa história. Tem vários shoujo com protagonista homem que eu adoro, mas esse recebe um destaque por trazer um garoto não-atraente, o que é raro em mangá shoujo. Nos shounen, é super-comum o protagonista feioso/assustador/sem-graça ficar com uma menina, mas nos shoujo nunca a protagonista se apaixona por alguém que seja menos do que um príncipe encantado. Bem, estou gostando; quero ler mais desse mangá. Nota 8!

A oneshot que precedeu o mangá foi traduzida pelo grupo Bluebird Scans em inglês, já a série é traduzida por dois grupos diferentes Chibi Manga e asdf scans. Em português, a oneshot foi traduzida pelo grupo Kamereon Manga e o mangá, pelo Otaku Sekai.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Masamune-kun no Revenge

Vi esse mangá sendo recomendado em um fórum, mas não lembro exatamente a troco de quê. Masamune-kun no Revenge é outro mangá que tem um título perfeitamente descritivo, apesar de ser bem mais cômico do que eu achei que seria quando li sobre ele nesse fórum. Foi escrito pelo autor Takeoka Hazuki e ilustrado pela mangaka Tiv. Não se preocupe, também não tenho a mínima idéia de quem eles são (apesar de eu já ter lido outras coisas da Tiv).

Como o título já diz, essa é uma história sobre Makabe Masamune, que está em busca de vingança. Esmiuçando mais: quando ele era criança, costumava ser gordinho e, um dia, foi chamado de "porquinho" por uma menina, Adagaki Aki. O apelido pegou e Masamune foi vítima de bullying. Seu avô, envergonhado por ter um neto tão fracote, o treinou e o transformou em "alguém melhor". Masamune se transfere para uma nova escola objetivando se vingar da tal menina. Agora, muito mais atraente, Masamune quer fazer com que Aki se apaixone por ele para depois rejeitá-la, como ela sempre faz com os rapazes que se declaram para ela.

Como todo bom shounen romântico, esse é recheado de clichês. O mais perturbador, para mim, foi a mãe do Masamune ser uma lolita. Sério. Quando eu digo lolita, é exatamente isso. A mãe dele de 42 anos parece mais nova que a filha de 12 anos. Também tem o amigo "trap" (i.e menino que parece menina) dele, que não chega ser ao nível Baka to Test to Shoukanjuu de trap, mas é quase. Já que a Aki não tem peitos grandes, tem a amiga calada e inexpressiva dela que cumpre essa cota dos shounen. Ela também é o grande alvo de fanservice desse mangá. Apesar disso, a amiga calada tem alguns pontos interessantes em si. Logo de cara, também, Masamune descobre um segredo de Aki e cai nas graças dela por salvá-la de um otaku assustador (outro clichê!). Esse mangá tá se desenvolvendo ridiculamente rápido.

A Aki é incrivelmente insuportável. Eu adoro tsunderes e aceito yanderes. Em shounen romântico, é comum o cara ser o saco de pancada das garotas (Keitaro em Love Hina, por exemplo), mas a Aki não tem nada de atrativo. Ela não é legal nem com as amigas dela (ao contrário da Naru, de Love Hina, que era uma boa pessoa, apesar dos ataques de raiva). O nível de maldade dela com tudo e todos me lembrou boa parte das meninas que a Morinaga Ai desenha. Eu acho até positivo ver personagens femininas em posições de poder, porque isso é raro nos mangás, mas ver personagens completamente cruéis não é exatamente legal. Reforço o "mimimi" que volta e meia eu faço nos posts sobre yaoi: detesto personagens abusivos.

  

Esse mangá é bem engraçado e eu estou curioso para saber como a história vai se desenvolver. Nota "7", porque a Aki é irritante demais para eu conseguir gostar desse mangá mais do que isso.

O grupo Japanzai está trabalhando na tradução para o inglês.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cirque Arachne

Fiquei surpreso por ainda não ter comentado sobre um mangá yuri. Não é por nada, eu nem notei que não tinha. Baixei de um fórum um mangá chamado Cirque Arachne, simplesmente porque a arte é adorável. A autora, Saida Nika, tem outras histórias interessantes publicadas, que entraram para a minha lista de coisas que tenho de ler.

Teti acabou de ser aceita como membro de um circo. Quando era mais jovem, viajou com seu pai trabalhando em vários outros circos e aprendendo técnicas diversas. Agora, ela irá fazer parte desse circo, onde ainda terá muito que aprender. Teti, logo que entra, vê uma acrobata fazendo uma performance muito bonita. Dessa forma, ela é apresentada à Charlotte, uma menina gentil, mas séria e perfeccionista. Para variar um pouco, Lenny, um dos chefes do circo, decide que as duas irão performar juntas, por terem estilos contrastantes. Enquanto Teti é super-empolgada e se diverte, Charlotte não se permite errar. 

Charlotte começa a perceber que seus sentimentos por Teti são românticos. Ela fica incomodada por isso, porque nunca permitiu que outra pessoa invadisse seu espaço. Sempre dançou e fez acrobacias sozinha, em "um mundo livre de outras pessoas". Agora, com a proximidade da outra, Charlotte fica confusa.

Eu gostei bastante desse mangá... Só achei que o "conflito" (i.e a apreensão da Charlotte) foi resolvido rápido demais e de uma forma muito simplória. Combinou com a atmosfera do mangá e com a personalidade da Teti, mas acho que poderia ter sido melhor explorado... Outro ponto que eu tenho para me queixar é que não tem cenas de performance o suficiente. As duas fazem algumas acrobacias no treino, mas a grande performance das duas não é mostrada. Achei decepcionante. 

  

De um modo geral, esse mangá é bem legal. A arte é bem bonitinha e as duas protagonistas são simplesmente adoráveis. Em uma palavra: fluffy. Acho que uma nota "7" é adequada, levando em consideração o enredo e a atmosfera geral da história.

Em inglês, foi traduzido pelo Lililicious. Como quase todos os yuri que têm por aí. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Okurete Kita Renjou

Eu comecei a ler esse mangá simplesmente porque gostei da capa. Achei que Okurete Kita Renjou era uma história sobre um executivo e um playboy ou algo assim, por conta da ilustração da capa. Só que não. Kiriyu Kiyoi, de quem eu não sou um grande fã, conta uma história bem diferente do que eu esperava, só que igualmente clichê. 

Em outro post, discuti um cenário como esse, comum nos mangás yaoi. Nesse caso, temos Tomoki, um cara que nunca se apaixonou na vida. Ele vai para bares procurar parceiros, porque gosta de sexo, mas nunca procurou se envolver em um relacionamento. Em uma noite, conhece Kazushi, um cara que é bem do seu tipo, e passa a noite com ele. No dia seguinte, vai trabalhar e encontra esse cara de novo... Para descobrir que Kazushi, na verdade, ainda é um estudante do ensino médio (o terno que me enganou na capa era um uniforme escolar!). Tomoki fica perturbado um pouco por sua descoberta, o que logo se resolve e ele volta a se divertir com Kazushi. 

Certo dia, Kazushi revela para Tomoki estar apaixonado por ele. Tomoki, que nunca esteve a fim de um relacionamento sério, arranja outro cara para sair e esnoba Kazushi. Nisso, ele chega à conclusão que realmente gosta de Kazushi, que quer ficar com ele, etc. A partir disso, começa o período de lua-de-mel, com Tomoki confuso por estar apaixonado pela primeira vez, pensando em como dizer isso pra Kazushi... 

Depois disso, tem mais uma história sobre Kiriyama, o presidente do conselho estudantil, e Toujou, o secretário, que é apaixonado por ele. Kiriyama é super-sério e rígido, sendo que Toujou acha isso lindo. Quando o primeiro quebra os seus óculos, Toujou se oferece para dar um par novo para ele de presente. Toujou termina a primeira parte da história se perguntando se deve falar sobre seus sentimentos para Kiriyama... Não sei como essa história termina, mas estou curioso para ver. Uma conhecida que tem o mangá disse que o final dessa, ao contrário da primeira, é super-imprevisível.

  

De um modo geral, esse foi um mangá bem razoável. O tipo de história que dá para ler tranquilamente, sem maiores enredos, diálogos interessantes... A arte é bonita (mas bem inconsistente), combinando com essas histórias. Não é ruim, mas também não tem nada de grande coisa. Nota "6", então.

Eu estava acompanhando esse mangá através de um grupo que não gosta que falem deles, por isso vou usei imagens do original japonês para ilustrar o post. Outro grupo que não gosta que falem deles fez upload dos dois primeiros capítulos no Manga Fox, então não é impossível de achar.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Machi no Denkiya-san

Esse mangá foi traduzido e publicado como uma oneshot. Na verdade, Machi no Denkiya-san é uma das várias oneshots que compõem esse volume publicado por CJ Michalski. Vou comentar mais detalhadamente as três que estão disponíveis em inglês. 

Tetsuya trabalha como um reparador (mais como um eletricista, na verdade) em uma loja em sua cidade pequena. Um dia, duas crianças entram na loja pedindo que ele ajude, porque um dos cômodos da casa está sem luz. Ele estava prestes a negar, pois a loja estava fechada, mas conhece o irmão mais velho dessas crianças, Ryoji, e resolve ajudar. Ryoji é o responsável por cuidar de seus irmãozinhos, enquanto sua mãe trabalha para pagar algumas dívidas do divórcio, e também trabalha em outra loja. Tetsuya, se sentindo atraído por Ryoji, oferece de presente vários eletrodomésticos que ele conserta por hobby. No início, Ryoji se mostra incomodado, não querendo ser alvo de pena, mas logo acaba se afeiçoando mais a Tetsuya. Os gêmeos são uns amores e o Tetsuya é um personagem divertido, mas o Ryoji tem a personalidade de uma porta fechada. Sério, ele é querido, dedicado aos irmãos, etc. Mas não tem nenhum apelo enquanto personagem. Senti falta de uma "química" entre os protagonistas dessa história.

Depois, vem uma oneshot que eu gostei ainda menos. É o clássico cenário "enfermeiro da escola" e "aluno". Ao descobrir que vai ter de se mudar para outro país, Tomoki decide reafirmar seus sentimentos por Ryouji, já que foi rejeitado antes. Ele sempre gostou do sensei, eram vizinhos, se conhecem há séculos, o relacionamento mudou, etc. Ryouji vai lá, após aceitar os sentimentos, e pede que o pai de Tomoki o deixe com ele. E a outra oneshot é sobre Miyamoto, que costumava jogar basquete, mas nunca foi grande coisa, e o kouhai que ficou melhor que ele, Mikata. Um pouco de inveja aqui, "eu sempre te amei" ali, umas cenas quentes intercaladas... É. 

Sabe aquele mangá que você esquece no momento que termina de ler? Incrível como não tem nada memorável nessa história. Absolutamente, nada. A arte da CJ Michalski é bonitinha, claro, mas as histórias são cheias de clichê e nem um pouco interessantes.

  

Duas das histórias que não foram traduzidas ainda (e tudo indica que nunca serão) parecem interessantes, então é uma pena que eu não possa ler... Bem, essas três que foram apresentadas trazem cenários super-rotineiros, não acrescentam nada de novo... O melhor termo para descrever esse mangá é "meia-boca". Nota "5", portanto.

Quem traduziu para o inglês foi o Liquid Passion. Traduziram a história do título como "Our Town's Electrician" e lançaram como uma oneshot. Os dois capítulos seguintes são o quarto e quinto capítulos do volume, lançados com o título de Machi no Denkiya-san.